Veja 10 dicas para chegar ao primeiro milhão ou ao menos para iniciar o projeto milionário que o levará a alcançar a meta.


Em apenas um ano é possível se tornar um milionário com um bom projeto financeiro
, dependendo do ponto de partida. E mesmo que o objetivo não possa ser alcançado em apenas um ano, esse prazo é mais do que suficiente para que seja ao menos adotada a atitude que o levará a ser milionário. Para uns pode demorar um pouco mais, para outros menos, mas chegar ao primeiro milhão é uma meta totalmente atingível.
Reunimos algumas das principais dicas de especialistas financeiros e preparamos um guia com 10 passos para quem quer iniciar um projeto milionário. Confira!

1) Resolva suas pendências

Antes de tudo, é preciso liquidar as dívidas. Os débitos devem ser listados em uma planilha de modo que se observe quais são os tamanhos das dívidas, os credores e os seus juros.

Para tornar a tarefa de liquidar os débitos mais fácil, duas dicas principais devem ser seguidas. A primeira é substituir os empréstimos mais caros por um único mais barato. Se as dívidas forem no rotativo do cartão de crédito, por exemplo, que costuma ter juros altos, elas devem ser quitadas e substituídas por uma dívida no crédito consignado, que tem os juros mais baixos do mercado.

A outra dica é negociar com os credores. Como eles são os principais interessados em receber o pagamento, quem mostra disposição em pagar a dívida e propõe novos prazos ou descontos pode conseguir melhores condições.



2) Acabe com o gasto desnecessário

É fundamental acabar com o gasto tolo para se tornar um milionário. O que ele propõe não é que se abra mão de todos os gastos que trazem prazer, mas “salvar” o dinheiro de tudo o gasto que não traz felicidade permanente e duradoura, que seria o gasto desnecessário. “Milionários se preocupam com grandes realizações, não com ‘eu vou à manicure porque vou me dar um presente’. A pessoa não deve subornar a sua consciência achando que, ao frequentar um barzinho toda semana e gastar muito dinheiro, ela será uma pessoa realizada”.

Para eliminar o gasto desnecessárioé preciso, portanto, definir o que realmente traz felicidade e eliminar os gastos desnecessários para se alcançar esses objetivos. Um dos truques para mudar a postura é separar a quantia a ser poupada no mês assim que a renda cai na conta. Isso pode ser feito, por exemplo, pela poupança programada, ferramenta que desconta da conta corrente automaticamente uma quantia previamente definida e a transfere para a poupança.

3) Inicie um planejamento financeiro

Dedicar um tempo para estudar quais serão os passos para chegar à meta é fundamental. No livro “Como passar de devedor para investidor – um guia de finanças pessoais”, do professor da FGV Samy Dana e seu ex-aluno de MBA Fabio Sousa, os autores passam algumas valiosas dicas para o planejamento financeiro. O livro sugere que todas as despesas sejam anotadas em uma planilha e que sejam estabelecidas quais são as despesas fixas, as variáveis e as “semifixas”.

As despesas fixas são aquelas que têm o mesmo valor todo mês, como a escola dos filhos ou o valor do aluguel; as variáveis são os gastos com lazer; e as despesas semifixas são aquelas que você não consegue zerar, mas que pode reduzir, como uma conta de luz ou gastos com transporte. A vantagem de considerar parte das despesas como semifixas é a possibilidade de tornar o orçamento ainda mais flexível e ampliar a gama de gastos que podem ser reduzidos ou cortados.

Para que o planejamento se concretize é fundamental não desistir do projeto no primeiro mês, quando as mudanças podem parecer mais radicais. E não enxergar o controle financeiro como uma camisa de força. É importante observar que pequenos gastos podem significar grandes montantes ao longo de um ano, não para condená-los, mas sim para deixar claro qual é o destino exato do seu dinheiro. Se gastar 200 reais em jantares é importante, o gasto pode e deve ser mantido, desde que se entenda o quanto esta despesa representa no final do ano. As escolhas devem ser feitas a partir dos seus gostos e prioridades.

4) Aprenda a poupar antes de investir

Falar sobre dívidas, planejamento e cortes de gastos pode parecer um atraso para quem pensa que se tornar um milionário é antes de tudo ampliar a renda da noite para o dia com uma ideia genial. Carlos Wizard, autor do livro “Desperte o milionário que há em você” explica que mais importante do que saber ganhar dinheiro é saber poupar. “Se você perguntar a 100 pessoas se elas sabem ganhar dinheiro, a maioria responderá ‘sim’. Mas, se perguntar às mesmas cem pessoas se elas sabem poupar, apenas duas ou três vão dizer que sabem”, comenta.

Uma das máximas das finanças pessoais diz justamente que “poupar é mais importante do que investir”. Isso significa que ter uma regularidade de aportes nos investimentos e poupar mais dinheiro é muito mais importante do que dar uma “grande tacada” e escolher a melhor aplicação disponível no mercado.

Isso significa que antes de iniciar qualquer investimento é essencial ter uma vida financeira organizada, que permita que todos os gastos mensais sejam contemplados e ainda seja possível reservar mensalmente parte do orçamento para os investimentos. Aprender a ter disciplina para poupar mensalmente algo como 10% da renda seria um requisito básico para iniciar um investimento.

5) Fuja de promessas de enriquecimento mágicas

Antes de partir para algumas dicas que podem aumentar o seu patrimônio é importante entender que para enriquecer é preciso ser realista. Esqueça as fórmulas mágicas que o façam alcançar um milhão de reais em pouco tempo.

Com a taxa Selic nos níveis atuais, a 10,65%, ficou ainda mais difícil encontrar investimentos que proporcionem um enriquecimento rápido. Se antes alguns investimentos da renda fixa atrelados à taxa Selic permitiam obter bons rendimentos de forma segura por causa dos altos juros, agora bons retornos envolvem também maiores riscos. E mesmo com investimentos mais arriscados, na renda variável, por exemplo, é impossível ter garantias de altos rendimentos. Por isso, a rentabilidade das suas aplicações financeiras ajudará a multiplicar seu dinheiro, mas é o acúmulo de patrimônio o mais importante.

Além de poupar e investir o que já se ganha regularmente, aumentar a renda pode ser fundamental para o projeto milionário. Para isso, consultores financeiros explicam que mudar de carreira ou emprego nem sempre é a melhor solução, principalmente se o atual emprego for satisfatório. Eles propõem, portanto, a busca de fontes de renda extra.

Segundo Mauro Calil, é possível aumentar a renda apenas usando a seu favor aquilo que você já sabe. Não se trata de abrir uma empresa, mas de ter uma postura empreendedora e de reconhecer suas habilidades. Com autoconfiança e organização é possível oferecer seu conhecimento ao mercado e obter uma remuneração por isso.

6-) Ninguém é feliz sozinho

Dividir experiências é sempre uma boa coisa. Você cresce quando enfrenta desafios ou momentos estressantes. Um bom empreendedor deve estar preparado para lidar com a adversidade.
Não desista logo no primeiro obstáculo. Acredite na sua intuição, mas tente manter os pés no chão também, prestando atenção a pesquisas e dados. Não pense que você é imbatível ou infalível. Não pense que a única maneira de a sua empresa funcionar é por meio da perfeição. Não peça pela perfeição. Peça pelo sucesso.

Ter um sonho já é um passo dado para realizar algo na vida. A diferença entre o sonhador e aquele que faz, no entanto, é que o último torna o sonho realidade. Olhe para um negócio com toda a profundidade possível e pense em cada detalhe com o máximo de precisão e com o mínimo de riscos. Sorte é importante, é uma parte de qualquer projeto. Mas a sorte só aparecerá quando esse projeto estiver bem desenhado.

7) Defina qual é a disponibilidade para investir

O ideal é que se destine, no mínimo, 10% da renda mensal aos investimentos. Dependendo da renda e do prazo em que o investidor planeja alcançar o seu primeiro milhão a porcentagem pode aumentar ou diminuir.

Em seguida, é preciso pensar na rentabilidade que levaria o investidor a alcançar tal valor. As contas já devem imaginar a rentabilidade real, isto é, a rentabilidade que o investimento deve ter já descontada a inflação. Afinal, um milhão de reais hoje já não terão o mesmo poder de compra que a mesma quantia daqui a alguns anos.

8) Consulte profissionais para orientar seus investimentos

Buscar ajuda de um profissional pode ser recomendável para escolher os investimentos certos, principalmente para os investidores iniciantes ou para quem não tem tempo de acompanhar de perto o mercado.

Os planejadores ou consultores financeiros podem dar um panorama dos investimentos existentes e apresentar quais seriam os produtos mais indicados para o cliente no momento, de acordo com os recursos disponíveis. Outro profissional muito consultado por quem quer começar um planejamento financeiro é o gerente do banco. A desvantagem é que o gerente poderá oferecer produtos que sejam bons para o banco, mas ruins para o investidor.

Já os investidores que têm alguma noção sobre aplicações, mas não sabem como fazer um investimento em ações ou como escolher um fundo de investimento adequado aos seus objetivos, podem recorrer aos analistas de valores mobiliários ou ao consultor de valores mobiliários. As diferenças entre eles é que o consultor faz recomendações diretas sobre compra e venda de cotas de fundos, ações ou outros papéis e não é vinculado a corretoras ou outras intuições como o analista.

9) Estude investimentos que podem te ajudar a se tornar milionário

Existem alguns investimentos mais indicados para se tornar um milionário. O primeiro e mais seguro é o Tesouro Direto, que são os títulos da dívida pública. Eles possuem diferentes prazos e podem ser pós-fixados e atrelados à Selic (as chamadas Letras Financeiras do Tesouro ou LTF), prefixados, com uma taxa de juro pré-acordada no momento da compra (Notas do Tesouro Nacional-série F e Letras do Tesouro Nacional, as NTN-F e LTN, respectivamente) ou podem ter uma parte prefixada e outra indexada ao IPCA (Notas do Tesouro Nacional-série B ou NTN-B).

O investimento em CDBs, que são títulos emitidos por bancos também podem ser uma boa opção. Mas, deve-se buscar os CDBs de bancos médios, já que os bancos grandes dificilmente pagarão uma remuneração a 100% do CDI e nesse caso serão menos vantajosos do que outras aplicações. Bancos médios como o Sofisa e o Ficsa remuneram de 100% do CDI em prazos curtos de investimento e com aplicações iniciais a partir de um real.

Apesar de esses bancos serem mais frágeis e apresentarem maiores riscos, existe a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que cobre os prejuízos do investidor em caso de quebra da instituição. Contudo, estão garantidos apenas valores de até 70.000 reais, por CPF, por instituição. Outra opção são as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), que funcionam como CDBs, mas são isentas de imposto de renda.

Na renda variável, investir em ações boas pagadoras de dividendos é outra alternativa. Essas ações são aquelas que repassam a maior parte de seus lucros aos acionistas, na forma de uma remuneração chamada de dividendo. Esses papéis podem não ter as maiores valorizações no longo prazo, mas garantem uma renda periódica que pode ser reinvestida e, no futuro, até consumida.

Outra possibilidade na renda variável são os fundos imobiliários. Esses fundos geralmente investem em imóveis corporativos ou recebíveis imobiliários e suas cotas são negociadas em Bolsa como se fossem ações. A pessoa física é isenta de IR sobre os aluguéis e paga imposto apenas se obtiver algum lucro com a venda das cotas. Assim como as ações boas pagadoras de dividendos, o atrativo não é tanto a possibilidade de valorização das cotas, mas sim de se obter um ganho regular com aluguéis.

10) Faça uma boa manutenção dos investimentos

Depois que o investidor já se organizou financeiramente, está conseguindo aumentar sua renda e multiplicar o patrimônio, o que resta é fazer uma boa manutenção de seus investimentos.

Mas isso pode não ser tão fácil quanto se pensa. “Quando o investidor se depara com uma quantidade de dinheiro que nunca viu, existe a tentação de gastá-lo. Nessa hora, é preciso pensar que, ao adiar o consumo, chegará o momento em que apenas os juros dos investimentos permitirão ao investidor pagar pelo que quiser”, afirma Calil.

Além de conter as tentações, para manter os investimentos é preciso também acompanhá-los de perto para que eles permaneçam sempre atualizados. A aplicação financeira que era vantajosa em certo momento pode se tornar menos atraente caso ocorram mudanças no cenário econômico. Especialistas recomendam que a cada três meses os investimentos sejam revisitados e estudados.

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