Lexus lançou seu mais recente produto, o iate LY 650. O primeiro navio de luxo da marca é um cruzeiro flybridge de 65 pés (19,94 metros), capacitado para o oceano e promete velocidade de até 31,4 nós. A ideia é trazer o design do carro e o chamado “L-finesse” para a água, além de apresentar intrincadas habilidades artesanais Takumi no interior. Exibido em Boca Raton, na Flórida, o LY 650 estará à venda nos EUA a partir de 30 de outubro, com preço de cerca de US$ 3,7 milhões.

A embarcação tem cabine luxuosa e três beliches, repleta do tipo de manualidade e atenção aos detalhes vistos na recente família de carros Lexus, mais propriamente o carro-chefe LS 500h. Além disso, o uso extensivo de materiais compostos de fibra de carbono na construção mantém o peso leve e contribui para sua alta resistência.

O LY 650 foi desenvolvido durante dois anos e meio. Ele está sendo construído em colaboração com a fabricante de barcos Marquis Yachts, na oficina em Wisconsin, EUA. Caracterizado como um dos principais estúdios de design náutico, o Nuvolari Lenard, também esteve envolvido no desenho do projeto.

O design geral é uma evolução do perfil cupê Lexus Sport Yacht Concept 2017. A seção traseira de alto volume significa que o LY 650 possui uma das bocas (dimensão máxima transversal) mais largas da sua classe (5,76 metros). Na estreia, o iate foi apresentado com um acabamento opcional de dois tons que ampliam seu estilo, de modo a contrastar com detalhes de aço inoxidável brilhantes (que incluem uma placa de atrito na proa, armações das janelas e entradas de ar moldadas no famoso formato de “L”, da Lexus).

O design do interior é definido por linhas curvas e fluidas que, combinadas a um tema de cor branca, evocam a sensação de calma e serenidade. O iate possui uma grande cabine superior com cadeiras “de capitão” e sofás integrados, além de três beliches, cada um com mais de dois metros de altura e instalações privativas. O LY 650 pode acomodar seis pessoas para dormir e até 15 pessoas na embarcação. Existe um sistema de som surround Mark Levinson opcional, ar-condicionado, móveis sob medida, acabamentos em madeira verdadeira e uma cozinha totalmente equipada.

O Sistema de Produção Toyota influenciou o processo de fabricação do iate. Akio Toyoda, diretor de branding e presidente da Toyota Motor Corporation, diz que o sistema beneficia as instalações de fabricação de barcos “para melhorar a produtividade e a qualidade”. “Isso permitiu que a filosofia de hospitalidade trabalhada no Lexus, que antecipa os desejos de uma pessoa e aplica atenção meticulosa aos detalhes, fosse realizada na forma de um iate de luxo”, explicou ele.

O LY 650 é movido por dois motores Volvo Penta IPS, disponíveis em três opções de saída: 1064,5, 1216,6 ou 1368,7 CV para cada unidade. Este trem de força pode impulsionar o iate de 40 toneladas a velocidades de até 31,4 nós. Além disso, a dinâmica computacional dos fluidos foi aplicada para otimizar o formato exclusivo do casco subaquático, obtendo estabilidade e manobrabilidade com alta potência, porém com baixo consumo de combustível.

Há uma grande quantidade de elementos high-tech a bordo do navio. A tecnologia avançada de conectividade “LY-Link”, por exemplo, fornece informações em tempo real de valores de tensão e níveis de combustível e água. Ela também pode informar os tripulantes sobre qualquer anormalidade, bem como agendas de manutenção e ações recomendadas. O aplicativo pode ser usado para controlar vários sistemas de bordo, como iluminação, áudio e configurações climáticas.

O segmento de iates faz parte de uma estratégia maior para a Lexus de se aventurar em outros mundos criativos (projetos não automotivos) em busca de inspiração. Isso inclui os prêmios anuais de design do Milan Salone del Mobile, trabalhos culinários, um lounge de hotel e agora iates de luxo. “O LY 650 simboliza o desafio que a Lexus assumiu na sua aspiração de se tornar uma verdadeira marca de estilo de vida luxuoso que se aventura para além da produção automobilística”, diz Toyoda. “Como empresa de mobilidade, estamos buscando novas possibilidades de movimento, até mesmo no mar”, conclui.

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