Cuidar das sementes da vida!! Música, poesia e humor
marcam a poética do solo teatral feito para crianças à partir de 4 anos.
O espetáculo Sementes: quando o sonhadário germina” trabalha com a metáfora poética da semente. A criação do espetáculo começou com as lembranças de uma brincadeira de criança. Os adultos diziam “se você engolir uma semente de fruta nascerá uma planta na sua barriga”. Todas essas possibilidades e fantasias povoaram a mente da atriz Caísa Tibúrcio durante a montagem do seu solo.
A relação com a natureza é fisiológica e constante no espetáculo. As sementes, as frutas, as flores e compõem o mosaico natural e o ambiente lírico das cenas. O resultado desse mergulho nas memórias das histórias da infância foi essencial para a montagem do espetáculo “Sementes: quanto o sonhadário germina” – destinado crianças a partir de 4 anos de idade.
Estreado em abril de 2016, fez uma curta temporada de sucesso e casa cheia na Funarte. É um dos espetáculos indicado para ao prêmio SESC de Teatro Candango de 2016, categoria de melhor espetáculo infantil. Para quem ainda não conseguiu ver, agora no finalzinho do ano, retoma uma temporada nos dias 03 e 04 de dezembro, aos sábado e domingo às 16h no Teatro Plínio Marcos da Funarte.
A partir da metáfora poética da semente, Caísa Tibúrcio criou um número de palhaça em 2014. Depois em 2015 o número cresceu e virou um espetáculo solo da palhaça Ananica que participou da III edição do TPMs – Temporada Internacional de Palhaças no Mês da Mulher em 2014 e do IV Encontro Internacional de Palhaças de Brasília nesse mesmo ano.
Durante esses dois anos de brincadeira com as sementes, as explorações com esse tema ficaram cada vez mais intimas e fortes dentro do processo criativo. Ao mesmo tempo os desafios, a paixão e os aprendizados com a arte da palhaçaria também foram crescendo. Nesse período de busca e estudo da linguagem, os palhaços e amigos: Manuela Castelo Branco (Matusquella), João Porto Dias (Lalá) e José Regino (Zambelê), Denis Camargo colaboram bastante, sempre generosos nas mudanças, crescimentos e amadurecimentos das ideias que surgiam.
Em 2016 a metáfora da Semente foi ganhando proporções e significados maiores. O filósofo Gaston Bachelard, “Meu pé de poesia” de Wilson Pereira, as metamorfoses naturais presentes na poesia de Manoel de barros, a figura mítica Maira Jatobá de Helena Oliveira, a música de Luiz Gonzaga, “A maior flor do mundo” de José Saramago e “Marcelo Marmelo Martelo” de Ruth Rocha são referências primordiais que contribuíram para a construção final do novo espetáculo.
Na intenção de organizar todas os novos sonhos, desejos poéticos, Caísa Tibúrcio convidou a artista Ana Flávia Garcia para fazer a direção final do espetáculo. Semente ganhou sobrenome, virou: Sementes – Quando o sonhadário germina.
A construção desse espetáculo foi um processo criativo diferente, pois a maturação e criação foi feito durante as apresentações do material criativo em shoppings, teatros, cabarés de palhaços, escolas, grupos, rodas de mulheres grávidas e crianças. As influências de várias pessoas, públicos e lugares diferentes foram influências importantes para o amadurecimento dessa nova semente de criação.
Caísa Tibúrcio é mãe de dois filhos, durante as gestação dos filhos sempre foi envolvida com os movimentos de parto natural, já trabalhou com culinária natural/vegetariana e plantio de orgânicos. As vivências também influenciam o desejo artístico de trabalhar com o feminino, com a figura da mulher camponesa ligada à terra e às ancestralidades culturais. Durante as pesquisas, a percepção da força poética que há na metáfora da semente veio com a informação de que a agricultura começou por meio da mulher. Quando a mulher/mãe percebeu que plantando sementes o alimento dos filhos estaria garantido, que a vida poderia continuar.
“Trata-se de um espetáculo que fala sobre as possíveis Sementes da vida, das organizações, dos desejos, dos sonhos, da arte”, diz Caísa. A metáfora de plantar e cuidar de uma semente é explorada até a última potência. A personagem é uma plantadeira imperturbada. Todos nos podemos ser terreno fértil para germinar desejos incríveis, todos nós podemos ser cuidadores de projetos, pessoas, encontros, sementes…. O espetáculo explora a auto reflexão e faz pensar sobre a posição do criador e seu papel diante da obra de arte e do mundo. Fala sobre a relação respeitosa e intensa do homem com a natureza e a preservação do meio ambiente. Tem uma maneira especialmente poética de discutir a conscientização ecológica entre as crianças.
Serviço
Data: 3 e 4 de dezembro, sábado e domingo
Horário: 16h
Duração: 40 minutos
Local: Teatro Plínio Marcos – FUNARTE/Brasília
Informações: 981379844
Entrada: 20,00$ inteira e 10,00$ a meia
Classificação: livre