Data Nacional do Kuwait é celebrada por embaixada em Brasília
“Festejamos Independência e libertação no ano em que comemoramos 50 anos de relação diplomática com o Brasil”, diz Alsaidi
| Oda Paula Fernandes
O Estado do Kuwait celebrou o 57º ano de independência e o 27º aniversário de libertação. Para celebrarem a festa tríplice, em Brasília, o embaixador kuwaitiano, Ayadah M. Alsaidi, recebeu, na última quarta-feira (21), representantes do governo brasileiro, diplomatas em missão no Brasil e imprensa, com destaque para a Rede Record de Televisão, que fez entrevista com o embaixador e a cobertura do evento.
O espaço do receptivo e jantar comemorativo foi o Dúnia City Hall, especialmente decorado de forma deslumbrante, com enorme requinte e sofisticação. Logo após os cumprimentos de boas-vindas, iniciou-se, harmoniosamente, pela Banda da Polícia Militar do Distrito Federal, o protocolo de execução dos hinos do Kwuait e do Brasil.
Os convidados de honra do embaixador enriqueceram o evento, e dentre eles destacaram-se a presença do Ministro dos Esportes, Leonardo Carneiro Monteiro Picciani, o Ministro-Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marum, o Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, o Subsecretário Geral da África e do Oriente Médio no Itamaraty, embaixador Fernando José Marroni de Abreu, a Diretora do Departamento do Oriente Médio, embaixadora Lígia Maria Scherer; além de parlamentares e chefes de missões.
Ayadah M. Alsaidi anunciou que as comemorações deste ano são particularmente importantes, porque marcam os 50 anos das relações bilaterais entre o Estado do Kwuait e a República Federativa do Brasil. “Conseguimos estabelecer relações positivas em todas as áreas: esportivas, culturais, políticas e econômicas com denominadores comuns, com base no mútuo respeito”, ressaltou o embaixador.
Leonardo Picciani, em seu discurso, salientou que a cooperação entre os dois países poderia assumir formas ainda mais inovadoras, e que a indústria dos esportes é uma das áreas mais promissoras para tanto. “Quando penso no domínio de oportunidades de negócios não penso apenas no intercâmbio de treinadores ou jogadores de futebol. Não devemos nos esquecer das empresas organizadoras de Feiras de Esportes e das startups de tecnologias esportivas”, destacou Picciani.
Por sua vez, Carlos Marum reforçou o apoio do Presidente do Brasil, Michel Temer, à vocação do Kwuait para a paz. “Sabemos que foi um país que viveu a guerra, mas tem em si uma vocação de paz e solidariedade”, parabenizou o Ministro-Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República.
Ao seu tempo, Fernando Abreu, diplomata do Itamaraty, frisou as qualidades do povo e do governo do Kuwait. “A resiliência do povo Kuaitiano preservou os avanços diante dos recorrentes desafios encontrados ao longo dos séculos. Desde a sua independência se tornou mediador de diversos conflitos na região, como exemplo a recente crise no golfo, iniciada em 2017. Criou o Plano Visão Kuwait 2035, que prevê investimentos e políticas estruturais de futuro para a nação, e que conta com pleno apoio do Brasil”, enfatizou o diplomata.
Diplomacia
O Brasil tem relações diplomáticas, políticas e de negócios com o Kuwait desde 1968. Em 1975 os dois países já possuíam embaixadas em seus territórios. Segundo Abreu, houve muitas visitas e troca média anual de mais de US$1 bilhão, desde 2012.
Estrategicamente bem posicionado e presenteado pela natureza com uma das maiores jazidas petrolíferas, o país árabe tem como aliado os EUA. Localizado no topo do Golfo, rodeado por vizinhos como Arábia Saudita, Irã e Iraque, o Kuwait se destaca das demais monarquias do Golfo por ser o mais aberto, em relação ao sistema político.
Kuait (Kuwait)
Nos séculos IX e XX, até a década de 1990, a economia do Kuwait era baseada na extração de pérolas, um dos comércios mais abundantes do mundo. Para a atividade, cerca de 700 barcos eram usados por 1.500 homens, envolvidos com o mergulho para extração da joia. Fora da temporada da pérola, os comerciantes usavam as embarcações para o comércio de longas distâncias.
O resultado dessa prática foi uma crescente na economia da indústria naval local. No entanto, a pesca era a atividade menos explorada na região. Com isso, o povo era dividido entre uma classe de comerciantes muito ricos e a população, que não pertencia às famílias real, muito pobre.
No Kuait, tudo é de grandes proporções. Prestes a viver um colapso iminente, só em 1983 o petróleo foi descoberto, e desde a exportação petrolífera no Pós-Guerra a economia local passou a ter uma das maiores renda per capta do mundo. Avaliada em 96 bilhões de barris, as reservas petrolíferas do país representam cerca de 10% do mundo. As condições climáticas não permitem o desenvolvimento da agricultura e exceto o peixe, o país importa tudo o que come. E até mesmo a água para o consumo é importada.
Kuwait National Date is celebrated by embassy in Brasilia
The State of Kuwait celebrated its 57th year of independence and its 27th anniversary of liberation. To celebrate the triple party, in Brasilia, the Kuwaiti ambassador, Ayadah M. Alsaidi, received last Wednesday (21), representatives of the Brazilian government, diplomats on mission in Brazil and the press, with featured for the Record TV Network, which interviewed the ambassador and covered the event.
The local for the receptive and commemorative dinner was the Dúnia City Hall, especially decorated in a dazzling way, with enormous refinement and sophistication. Shortly after the welcoming greetings, the protocol of execution of the hymns of Kwuait and of Brazil was begun harmoniously by the Band of the Military Police of the Federal District.
The Honorable guests of the ambassador enriched the event, among them the Minister of Sports, Leonardo Carneiro Monteiro Picciani, the Chief Minister of the Office of the President of the Republic, Carlos Marum, Minister of Industry, Foreign Trade and Services, Marcos Jorge de Lima, Undersecretary General of Africa and the Middle East in the Itamaraty, ambassador Fernando José Marroni de Abreu, Director of the Middle East Department, ambassador Lígia Maria Scherer; as well as parliamentarians and heads of missions.
Ayadah M. Alsaidi announced that this year’s celebrations are important because they mark the 50th anniversary of the bilateral relations between the State of Kuwait and the Federative Republic of Brazil. “We have achieved positive relations in all areas: sporting, cultural, political and economic with common denominators, based on mutual respect,” emphasized the ambassador.
Leonardo Picciani in his speech stressed that the cooperation between the two countries could assume more inovative ways and that the sports industry is one of the most promising areas for both. “When I think about the field of business opportunities, I do not think only of the exchange of coaches or football players. We should not forget the organizers of sports fairs and startups in sports technology”, highlighted Picciani.
In turn, Carlos Marum reinforced the support of the President of Brazil, Michel Temer, to the vocation of Kuwait for peace. “We know that it was a country that lived the war, but it has in itself a vocation of peace and solidarity,” congratulated the Chief Minister of the Secretariat of Government of the Presidency of the Republic.
In due course, Fernando Abreu, diplomat of Itamaraty, emphasized the qualities of the people and government of Kuwait. “The resilience of the Kuwaiti people has preserved the advances against the challeges found over the centuries. Since independence, it has become a mediator of various conflicts in the region, such as a recent crisis in the Gulf, which began in 2017. Kuwait Vision Plan 2035, which provides for future investments and structural political for nation, and which counts on the full support of Brazil”, underlined the diplomat.
Diplomacy
Brazil has had diplomatic relations, political and business with Kuwait since 1968. In 1975, the countries already had embassies in their territories. According to Abreu, there have been many visits and average annual exchange of more than US $ 1 billion since 2012.
Strategically well positioned and gifted by nature with one of the largest oil fields, the arab country has the USA as allied. Located on the top of the Gulf, surrounded by neighbors like Saudi Arabia, Iran and Iraq, Kuwait stands out from other Gulf monarchies for being the most open, relative to the political system.
Kuwait
In the nineteenth and twentieth centuries, until a decade of 1990, the economy of Kuwait was based on pearl extraction, one of the most abundant trades in the world. For the activity, about 700 boats were built by 1,500 men, involved with diving for jewelry extraction. Out of the pearl season, merchants used to board for long-distance trading.
The result of this practice was the growing economy of the local naval industry. However, the fishing activity was the less exploited in the region. With this, the people were divided between a class of very wealthy merchants and a population, which did not belong to the royal families, very poor.
In Kuwait everything is of great proportions. Close to experience an impending collapse, only in 1983 oil was discovered and since from oil export in the post-war the local economy trought to has had one of the most highest per capita income in the world. Evaluated at 96 billion barrels, the country’s oil reserves represent about 10% of the world. Climatic conditions are not allow the development of agriculture and exception the fish, the country imports everything that eats. And even water for consumption is imported.